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Artikel

19 Jan 2022

Autor:
Mongabay

Brasil: Ambientalistas divergem sobre o caráter sustentável e os impactos da expansão de plantações de eucalipto da Suzano no país

"Suzano alega que suas plantações de eucalipto são sustentáveis; ambientalistas discordam", 19 de janeiro de 2022

...A Suzano, maior exportadora de celulose do mundo...[,]...[um]m dos principais membros da Coalizão Brasileira pelo Clima, Florestas e Agricultura...[,]...foi ativa na cúpula do clima, COP26...

A Suzano – que fornece produtos de celulose para o mundo todo – declara que, longe de exacerbar a crise climática, suas plantações de eucalipto estão ajudando a combatê-la...

A Suzano sustenta que só planta eucaliptos em áreas antropizadas e degradadas. Ela também rastreia a origem de seus produtos florestais para garantir que eles não venham de áreas desmatadas...

Ambientalistas, no entanto...[,]...argumentam que as plantações da empresa – compostas somente de eucaliptos, que não são nativos do Brasil – não deveriam ser contadas como restauração florestal legítima, que elas não sequestram carbono em longo prazo e que as monoculturas de eucalipto são na maior parte estéreis biologicamente. Comunidades tradicionais vizinhas, por sua vez, reclamam de conflitos agrários e da grilagem de terras por parte da companhia...

Alguns ambientalistas acreditam que é um erro cooperar com a Suzano na promoção de sua imagem como uma aliada na conservação das florestas porque, segundo eles, esse rótulo verde esconde os impactos danosos das plantações de eucalipto...

Outros pesquisadores argumentam que é insuficiente contar apenas a quantidade de carbono que os eucaliptos capturam à que medida que crescem...

Mais recentemente, a Suzano consolidou sua posição de liderança no mercado de celulose. Em 2018, ela comprou a Fibria, que até então era a maior produtora de celulose do país...

A agressiva expansão da Suzano levou a conflitos com comunidades tradicionais, algumas das quais perderam suas terras. Isso deixou um legado de antipatia e ressentimento em algumas localidades próximas a plantações e fábricas de celulose...

Alguns conflitos ainda estão em andamento. Flávia dos Santos, líder do Território Tradicional Quilombola de Sapê do Norte, entre São Mateus e Conceição da Barra, no norte do Espírito Santo, foi mordaz em sua denúncia sobre o impacto das plantações da Suzano: “Vivemos da coleta, dos peixes, da mandioca. Dependemos da terra, do rio e da floresta para sobreviver”. Segundo ela, a Suzano planta eucaliptos nas cabeceiras desses cursos d’água. “Os rios secam ou as nascentes ficam poluídas. Acabamos sem as condições mínimas de sobrevivência.”

A Suzano diz que, desde que seus direitos de propriedade sejam respeitados, está disposta a colaborar...

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