abusesaffiliationarrow-downarrow-leftarrow-rightarrow-upattack-typeburgerchevron-downchevron-leftchevron-rightchevron-upClock iconclosedeletedevelopment-povertydiscriminationdollardownloademailenvironmentexternal-linkfacebookfiltergenderglobegroupshealthC4067174-3DD9-4B9E-AD64-284FDAAE6338@1xinformation-outlineinformationinstagraminvestment-trade-globalisationissueslabourlanguagesShapeCombined Shapeline, chart, up, arrow, graphLinkedInlocationmap-pinminusnewsorganisationotheroverviewpluspreviewArtboard 185profilerefreshIconnewssearchsecurityPathStock downStock steadyStock uptagticktooltiptwitteruniversalityweb

Diese Seite ist nicht auf Deutsch verfügbar und wird angezeigt auf Portuguese

Artikel

31 Mär 2019

Autor:
André Barrocal, Carta Capital (Brazil)

Brasil: Nos 55 anos do golpe militar, Bolsonaro considera atrocidades do regime militar como “probleminhas”; livro retrata corrupção dos militares com construtora e madeireira

“‘Probleminhas’, segundo Bolsonaro, aparecem em pesquisas de brasileiros e documentos americanos”, 31 de março de 2019 

...[P]ara o presidente, o regime que completa 55 anos teve aí uns “probleminhas” e só. Assassinato e tortura de adversários e de indígenas, corrupção e concentração de renda no 1% mais rico seriam apenas uns “probleminhas”?...[A]...ditadura facilitou os lucros das empresas e dos ricos, por meio de isenções ou de reduções de impostos...[O]...salário mínimo caiu 30% e só se recuperou (pouco) a partir de 1974...[P]ara levar adiante um projeto de nação em que os ricos se esbaldavam e os trabalhadores eram explorados, era necessário porrete. O relatório final da Comissão Nacional da Verdade (CNV), de dezembro de 2014, listou 434 mortos pela ditadura, pessoas que discordavam do rumo das coisas. Houve ainda 8.350 indígenas mortos no período. Um número provavelmente subestimado...[O]...regime não era apenas assassino e concentrador de renda. Era corrupto também. Em 2015, o prêmio Jabuti...foi dado na categoria “economia” a...“Estranhas Catedrais”...do historiador Pedro Henrique Campos, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Vejam-se dois exemplos de corrupção na época. Posto ali pela ditadura em 1971, Haroldo Leon Peres caiu nove meses depois do cargo de governador do Paraná pois se soube que cobrara propina de 1 milhão de dólares da construtora CCR...[O]utro exemplo é sobre as obras da hidrelétrica de Tucuruí, no Pará. A exploração da madeira da área que seria inundada foi dada pelo governo, na década de 1970, ao fundo de pensão dos militares, a Capemi. O fundo pegou grana estrangeira, desmatou 10% do combinado e só. Suspeita-se que faltou grana devido a desvios, motivo de uma CPI nos anos 1980. A usina em si foi construída pela Camargo Correa. A empreiteira recebeu incentivos fiscais de cerca de 5 bilhões de dólares. Obteve ainda 29 adicionais contratuais que lhe deram mais grana...[A]pesar disso, “poucas acusações concretas têm sido feitas e ainda menos condenações têm sido obtidas”. O motivo? “Reticência em acusar as Forças Armadas ou o governo federal, ainda muito poderoso” e porque “a prova é muito difícil de ser obtida”...

Zeitleiste