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Artikel

24 Jun 2024

Autor:
Repórter Brasil

Brasil: Parque eólico é aprovado na Bahia sem Estudo de Impacto Ambiental; ambientalistas dizem que empreendimento coloca em risco áreas sensíveis

Shutterstock (licensed)

“Bahia aprova megaprojeto de eólicas sem estudo completo de impacto ambiental”, 24 de junho de 2024

EM UM VÍDEO de apresentação em seu site, a empresa Quinto Energy define o Complexo Manacá, empreendimento de energia eólica e solar no semiárido baiano, como “o maior do Brasil” e o “3º do planeta”. A previsão é instalar pelo menos 405 torres eólicas, com investimento de R$ 10 bilhões.

Mas apesar de “colossal”, como descreve o narrador, o Complexo Manacá é tratado pelo governo da Bahia como de baixo impacto ambiental e teve a licença prévia aprovada sem a necessidade de apresentação do Estudo de Impacto Ambiental e do Relatório de Impacto Ambiental (EIA-Rima).

Esse conjunto de estudos técnicos detalha o impacto do empreendimento no ambiente, incluindo diagnóstico ambiental, análise dos impactos na região e nas comunidades e formas de monitoramento.

...Um cruzamento de dados realizado pela Repórter Brasil, a partir de coordenadas geográficas fornecidas pelo Ministério do Meio Ambiente, revela que tanto o município de Jaguarari quanto Campo Formoso, onde se planeja erguer o Complexo Manacá, estão integralmente localizados em áreas consideradas prioritárias para a conservação pelo governo federal. A região é classificada como de importância biológica “extremamente alta” e “prioridade de ação”.

Em grande parte localizadas na Caatinga, as duas cidades ocupam uma extensão de serras com resquícios de Mata Atlântica e Cerrado, além de abrigarem as nascentes de alguns dos principais rios do estado e de diversas espécies ameaçadas de extinção...

A norma que incluiu os dois municípios dentro das áreas de preservação na Caatinga foi assinada pelo então ministro de Meio Ambiente do governo Michel Temer, Edson Duarte. Hoje, ele é o diretor de relações institucionais da Quinto Energy. Ex-deputado federal pelo PV da Bahia, Duarte é um dos principais defensores do projeto. Seu irmão, Edilson Duarte, figura entre os sócios da empresa.

A empresa vem sendo procurada pela reportagem desde o começo de junho, mas não retornou até a publicação desta reportagem...

...um empreendimento desta dimensão, numa área ambientalmente sensível e com comunidades locais, com modos de vida tradicionais, “deveria, sim, passar pelo rito completo com estudo de impacto ambiental”...