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Article

30 Jan 2019

Auteur:
Marta Nogueira, Reuters (Brazil)

Brasil: Acionistas pedem à Comissão de Valores Imobiliários que investigue suposta omissão de informações acerca de riscos socioambientais de empreendimentos da Vale

“Acionistas críticos à Vale pedem que CVM apure responsabilidade da empresa por desastres”, 30 de janeiro de 2019

...[U]m grupo de acionistas minoritários críticos à gestão da mineradora Vale pediu à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) a abertura de inquérito administrativo para investigar se a mineradora “tem omitido informações acerca dos riscos socioambientais de seus empreendimentos no Pará, Maranhão e Minas Gerais”...[O]...grupo de acionistas afirma que a prática poderia configurar manipulação artificial dos preços das ações da mineradora...[O]...grupo...faz parte do Movimento Atingidos pela Vale, que lidera ações em comunidades impactadas de alguma forma por empreendimentos da empresa em diversos Estados do país e no exterior...[O]s acionistas afirmam que “a empresa, em várias oportunidades, foi alertada pela sociedade civil de que o rigor no processo de ampliação e continuidade da mina do Córrego do Feijão estava aquém do necessário, considerando-se o tamanho e potencial poluidor do empreendimento”. Procurada, a Vale não comentou de imediato...[A]...Reuters publicou que uma apresentação corporativa da Vale já demonstrava em 2009 preocupações sobre suas barragens de rejeitos, mas a empresa não implementou várias medidas avaliadas que poderiam ter evitado ou diminuído os danos do desastre fatal da semana passada...A denúncia do grupo de acionistas aborda ainda o rompimento de outra barragem envolvendo a Vale, há pouco mais de três anos, e amplia pedidos de investigação pela CVM. Em novembro de 2015, uma barragem operada pela mineradora Samarco (joint venture da Vale com a anglo-australiana BHP), também se rompeu em Mariana (MG), deixando 19 mortos, centenas de desabrigados e poluindo o importante rio Doce, no maior desastre ambiental do Brasil. Além desses casos, o grupo levanta pesadas críticas a empreendimentos da empresa no Pará e Maranhão, como Onça Puma, Salobo e S11D, que segundo eles envolveriam questões não devidamente comunicadas aos acionistas.

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