Brasil: Investigação do Greenpeace aponta que fazendas envolvidas no 'dia do fogo' estão na cadeia de frigoríficos
“ONG encontra fazendas envolvidas em 'Dia do fogo' e trabalho escravo na cadeia de megafrigoríficos”, 02 de outubro de 2020
Apuração conduzida pela... Greenpeace aponta que fazendas que estavam queimando no “dia do fogo”, no Pará, em agosto de 2019, integram a cadeia de produção dos dois maiores produtores de carne do mundo, a JBS e a Marfrig. O levantamento também indica que pelo menos um dos fornecedores indiretos da JBS já foi autuado por trabalho em condições análogas à escravidão.
Em 2019, fazendeiros teriam orquestrado, segundo investigações das polícias Civil e Federal, queimadas simultâneas, no dia 10 de agosto. A ação coordenada acabou conhecida como “dia do fogo”...
Pouco antes de o evento completar um ano, a equipe do Greenpeace, com base nos dados de onde ocorreram queimadas de 2019, decidiu verificar o que aconteceu com as áreas incendiadas. Sobrevoou a região das queimadas e encontrou leiras, pilhas de material orgânico formadas por árvores derrubadas que ficam expostas, secando para posterior queima, e áreas de pastagem com gado...
A partir de trabalho em campo e do cruzamento de dados disponíveis publicamente, o Greenpeace chegou às fazendas São José, em São Félix do Xingu, Bacuri e Santa Rosa, ambas em Altamira. As três, segundo a ONG, tiveram focos de queimadas durante o período do “dia do fogo”...