Brasil: Indenizações pagas pela Fundação Renova a pessoas atingidas por Mariana não passaram por auditoria externa "séria e independente", diz MPF
A Fundação Renova, organização não governamental privada e sem fins lucrativos instituída por um Termo de Transação e de Ajustamento de Conduta (TTAC) - assinado pela Samarco, Vale e BHP - com a finalidade de reparar os danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão (propriedade da Samarco) em Mariana, Minas Gerais, no ano de 2015, afirma que, até o fim de 2023, terá aportado R$ 36 bilhões para indenizar pessoas atingidas e realizar atividades de reparação socioambiental.
O Ministério Público Federal (MPF), porém, alega que "os valores declarados pela Renova nunca passaram por uma auditoria externa séria e independente, não há qualquer comprovação de que esses valores correspondam à realidade e, na prática, isso não pode ser observado na bacia do Rio Doce e pelos relatos dos atingidos". Segundo o procurador federal Carlos Bruno Ferreira, coordenador da Força-Tarefa responsável pelo caso, não existiriam "informações garantidas de que esses valores efetivamente foram pagos”.
Nós convidamos a Vale e a BHP a comentar as alegações do MPF. As respostas estão disponíveis.