Brasil: Trabalhadores da colheita de uva são resgatados em regime análogo à escravidão no Rio Grande do Sul
Cerca de 207 homens, a maioria da Bahia, contratados para trabalhar na colheita de uva em Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul foram resgatados em situação análoga à escravidão.
Eles relataram terem sido enganados pela promessa de emprego temporário, salário de R$ 4.000, alojamento e refeições pagas. Três deles fugiram e conseguiram avisar a Polícia Rodoviária Federal. Depoimento dos resgatados aponta que a polícia militar acobertou o crime.
Trabalhavam para duas empresas que eram contratadas pelas vinícolas Aurora, Cooperativa Garibaldi e Salton, importantes produtoras da região. As três dizem que não tinham conhecimento da situação relatada pelos trabalhadores. A Garibaldi e a Aurora dizem que seus contratos com essas empresas eram somente para o serviço de descarregamento de caminhões. Porém procuradora enfatiza que: "A cadeia produtiva do vinho só existe se houver o trabalhador trazendo a uva que está no parreiral. As empresas tomadoras de serviço não podem dizer que não sabem o que está acontecendo na ponta, apelar para a cegueira deliberada."