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Artigo

15 Ago 2017

Author:
Articulação dos Povos Indígenas do Brasil – Apib (Brazil)

Brasil: Indígenas protestam contra tese do marco temporal & afirmam que já está sendo adotada

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Nossa história não começa em 1988! -"Nós já estamos morrendo através do marco temporal", 10 de agosto de 2017

Em Brasília, as mobilizações do Dia Internacional dos Povos Indígenas, 9 de agosto, foram encerradas com uma grande reza Guarani e Kaiowá em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF). Os indígenas estão preocupados com o risco da corte adotar a tese do marco temporal em julgamentos sobre demarcação de terras indígenas no dia 16 de agosto. Os Guarani e Kaiowá, do Mato Grosso do Sul, são um dos povos que podem ser mais duramente afetados por esta medida. "Esse marco temporal é um assassino para nós, povos indígenas. Por isso que estamos aqui, para pedir para os ministros para não aprovar isso", afirma Leila Rocha Guarani Nhandeva, liderança do tekoha Yvy Katu/Porto Lindo.Leila integra a delegação de Guarani e Kaiowá que, junto a indígenas dos povos Kaingang, Jaminawa, Apolima-Arara e Apurinã, participou de uma audiência pública na Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) para debater as recomendações recebidas pelo Brasil na Revisão Periódica Universal...da Organização das Nações Unidas...Em maio, 29 países manifestaram preocupação com violações de direitos indígenas por parte do Estado brasileiro...Apesar de terem sido convidados para a atividade, os indígenas foram barrados pela segurança...Os indígenas estão mobilizados em todo o país contra a adoção desta tese, defendida pelos ruralistas..."Antes [de 1988]...fomos expulsos dos nossos tekoha [lugar onde se é]...[F]omos trazidos numa reserva, que é um chiqueiro. Porque a gente não está cabendo mais. Por isso que nós, indígenas Guarani Kaiowá, estamos saindo daquele chiqueiro e indo novamente cada um pro seu tekoha", reage a liderança Guarani. "Nós sabemos onde morreu nosso antepassado, nosso tataravô, nosso bisavô, nosso pai. Nós estamos indo de novo lá e lá nós vamos morrer". A morte, para os Guarani e Kaiowá, não é apenas uma figura de linguagem. Dos 891 assassinatos de indígenas entre 2003 e 2015, 426, quase a metade, ocorreram no Mato Grosso do Sul. A perspectiva de não demarcação de suas terras,...consequência direta da aprovação do marco temporal, traz o risco do agravamento dos conflitos e da violência...O marco temporal representa, para os indígenas, algo muito mais grave e muito mais profundo do que uma simples tese política..."Nós somos a raiz de vocês. Se nós morrermos, vocês também vão morrer, porque nós somos a raiz", prevê...

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