Poder popular sob pressão: pessoas defensoras dos direitos humanos e empresas em 2023
Em 2023, pessoas em todo o mundo saíram às ruas exigindo que os governos protegessem seu direito e o das futuras gerações a um meio ambiente limpo, saudável e sustentável. Evidências científicas mostram que a humanidade está ultrapassando a maioria dos limites planetários dentro dos quais podemos nos desenvolver e prosperar pelas próximas gerações, impulsionada por um paradigma econômico baseado na maximização do lucro e na extração e consumo insustentáveis de recursos. A tripla crise planetária – mudanças climáticas, poluição e perda de biodiversidade – ameaça todos os nossos direitos. Por meio de ações diretas, proteção de suas terras e territórios contra projetos de combustíveis fósseis, denúncias sobre poluição e ações judiciais contra empresas por danos ambientais, as pessoas defensoras dos direitos humanos (DDHs) continuam a afirmar que a verdadeira justiça climática só pode ser alcançada quando os direitos humanos são respeitados, protegidos e garantidos. Ouvir DDHs é fundamental para compreender os riscos e danos associados à atividade empresarial e para garantir que a transição para economias verdes seja justa e beneficie trabalhadoras e trabalhadores, as pessoas defensoras do meio ambiente e as suas comunidades.
Apesar disso, em 2023, o Centro de Informação sobre Empresas e Direitos Humanos registrou 630 casos de ataques contra pessoas que expressaram preocupações sobre danos relacionados a empresas. Isso faz parte de um padrão consistente e contínuo de ataques contra pessoas defensoras dos direitos humanos (DDHs) que protegem nossos direitos e o planeta globalmente, com mais de 5.300 ataques registrados desde janeiro de 2015.
Análise anual
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