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Informativo

3 Mai 2023

Pessoas defensoras dos direitos humanos e empresas em 2022: desafiando o poder corporativo para proteger nosso planeta

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Emily Arasim/WECAN International

Entre janeiro de 2015 e março de 2023, o Centro de Informação sobre empresas e Direitos Humanos registrou mais de 4.700 ataques contra pessoas defensoras de direitos humanos que levantaram preocupações sobre práticas corporativas prejudiciais. Somente em 2022, identificamos 555 ataques, revelando que, em média, mais de 10 defensores/as foram atacados/as a cada semana por levantarem preocupações legítimas sobre atividades corporativas irresponsáveis. Três quartos dos ataques (75%) foram contra defensores/as do clima, da terra e do meio ambiente. Mais de um quinto dos ataques (23%) foi contra defensores/as indígenas, que estão protegendo mais de 80% da biodiversidade remanescente do mundo, apesar de representarem, aproximadamente, 6% da população global.

Essa é apenas a ponta do iceberg. Nossa pesquisa baseia-se em informações disponíveis publicamente e, como muitos ataques, especialmente aqueles não letais (incluindo ameaças de morte, assédio judicial e violência física), nunca chegam às fontes de mídia e há uma lacuna significativa no monitoramento de ataques pelos governos, o cenário é ainda mais grave do que esses números indicam.

Outras conclusões importantes de nossa análise dos ataques em 2022 incluem:

  • A América Latina e a Ásia e o Pacífico continuam sendo as regiões mais perigosas para as pessoas defensoras.
  • Brasil, Índia e México tiveram o maior número de ataques contra defensores/as. O Brasil, o país mais perigoso em geral para os/as defensores/as, sediará a presidência do G20 em 2024.
  • Quase um quarto dos ataques foi contra mulheres defensoras dos direitos humanos.
  • A mineração é o setor mais perigoso para os/as defensores/as, com quase 30% dos ataques. Isso tem sido recorrente desde que começamos o monitoramentp em 2015, demonstrando que pouco progresso foi feito para evitar ataques nesse setor.
  • Nos casos em que havia informações disponíveis publicamente sobre perpetradores, a polícia foi a principal responsável pelos ataques, seguida pelo uso malicioso dos sistemas judiciais para criminalizar e impedir o trabalho das pessoas defensoras. Outros perpetradores incluíram autoridades locais e estaduais, forças armadas, madeireiros e mineradores ilegais, empregadores e guardas de segurança privada.
  • Nos casos em que os ataques puderam ser relacionados a uma empresa específica ou a um projeto comercial (43% do total de ataques), o maior número de ataques foi relacionado a empresas com sede na Índia e nos Emirados Árabes Unidos. Ambos os países tentaram se posicionar como líderes globais e ambientais e estão sediando grandes eventos multilaterais em 2023 - G20 e COP28, respectivamente.

Relatório completo

Pessoas defensoras dos direitos humanos e empresas em 2022: desafiando o poder corporativo para proteger nosso planeta