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Artigo

31 Out 2024

Author:
Agência Pública

Brasil: Exército Brasileiro usa serviço da Starlink sem fazer estudo ou avaliação técnica sobre segurança da rede, de acordo com reportagem

“Starlink: Militares usam internet de Elon Musk sem testar segurança”, 31 de outubro de 2024

O Exército Brasileiro usa serviços da Starlink sem ter feito estudo ou avaliação técnica sobre a segurança da rede de internet via satélite oferecida pelo bilionário Elon Musk. Ao menos um órgão do governo federal, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), deixou de comprar produtos do grupo por suspeita de falhas de segurança. A suposta vulnerabilidade da rede foi reforçada pelo próprio Exército, que afirmou que irá adotar medidas extras de segurança para o uso futuro da Starlink pelo Comando Militar da Amazônia...

Sem uma análise prévia de segurança, não se sabe qual o destino e o tratamento dos dados que trafegam na rede – ou seja, militares que usam o serviço podem ter seus dados ou mesmo informações estratégicas de seus grupamentos vazados a hackers, grupos estrangeiros e outros tipos de organizações...

A Marinha admitiu o uso da Starlink em ao menos sete navios, incluindo fragatas, navios patrulha e uma base avançada de pesquisa na Antártica...

A Força Aérea Brasileira (FAB) foi a única das forças a afirmar que não utiliza a tecnologia de Musk e informou que “não possui contrato com a Starlink para provimento de Sistema de Posicionamento Global (GPS, do inglês Global Positioning System)”...

Ao contrário das Forças Armadas e outros órgãos federais, como os ministérios da Educação e Saúde, que também já informaram utilizar a internet de Elon Musk, o Incra deixou de contratar a tecnologia após o setor responsável pela manutenção da infraestrutura tecnológica do órgão avaliar que existiriam riscos à segurança de dados sensíveis...

À Pública, o diretor de Gestão Operacional do Incra, Leonardo Bezerra Lopes, confirmou a desconfiança do órgão quanto à Starlink, inclusive quanto ao destino dos dados no tráfego da rede e à vulnerabilidade diante de ataques cibernéticos, e ressaltou a necessidade de soluções nacionais para a conectividade em lugares afastados...

A reportagem enviou uma série de perguntas quanto às suspeitas de falhas de segurança nos equipamentos da Starlink ao escritório Tozzini Freire Advogados, representante legal do grupo de Musk no Brasil, que disse não comentar “casos ou processos em andamento e que possam envolver clientes ou contrapartes”...