Brasil: Lítio "verde" da canadense Sigma seria responsável por poluição, violência e inflação, afirmam indígenas e quilombolas
O Vale do Jequitinhonha concentra 85% das reservas de lítio do Brasil, o que tornou a região um polo de atração para empresas multinacionais que visam a extração do mineral, essencial para a fabricação de baterias empregadas em carros elétricos e na transição para fontes energéticas renováveis.
Uma dessas empresas é a canadense Sigma Lithium Resources, que afirma que o lítio extraído no Jequitinhonha seria “verde”, “sustentável” com “zero químicos”, “zero água potável”, “zero rejeitos” e “100% de prosperidade” para a região.
Segundo o Observatório da Mineração, no entanto, o lítio vendido pela Sigma estaria vinculado a impactos negativos a comunidades indígenas e quilombolas, tais como “comprometimento do abastecimento de água, poluição sonora, poluição do ar, inflação causada pela atividade da mineradora, aumento da violência e ameaças a áreas de proteção”.
Nós convidamos a Sigma Lithium Resources a comentar as alegações. A empresa não respondeu.