abusesaffiliationarrow-downarrow-leftarrow-rightarrow-upattack-typeburgerchevron-downchevron-leftchevron-rightchevron-upClock iconclosedeletedevelopment-povertydiscriminationdollardownloademailenvironmentexternal-linkfacebookfiltergenderglobegroupshealthC4067174-3DD9-4B9E-AD64-284FDAAE6338@1xinformation-outlineinformationinstagraminvestment-trade-globalisationissueslabourlanguagesShapeCombined Shapeline, chart, up, arrow, graphLinkedInlocationmap-pinminusnewsorganisationotheroverviewpluspreviewArtboard 185profilerefreshIconnewssearchsecurityPathStock downStock steadyStock uptagticktooltiptwitteruniversalityweb
Artigo

26 Jan 2019

Author:
Comissão de Atingidos e Atingidas pela Barragem de Fundão, Comunidades atingidas pela Barragem de Fundão de Mariana MG, Cáritas Brasileira Regional Minas Gerais (Brazil)

Brasil: Atingidos pela Barragem de Fundão, que pertenciam à Vale, BHP e Samarco, e Cáritas se solidarizam com atingidos de Brumadinho e criticam impunidade das empresas, falta de reparação, políticas de segurança

"Nota de pesar e solidariedade-OUTRO MAR DE REJEITO: a indignação de atingidos e atingidas de Fundão pelo desastre de Brumadinho, 25 de janeiro de 2019"
Com imenso pesar, a Comissão de Atingidos pela Barragem de Fundão (CABF), as comunidades atingidas e a Cáritas em Mariana recebem a notícia do rompimento das barragens de rejeitos da Vale, na Mina Feijão, em Brumadinho. Vivendo os impactos do crime há mais de três anos, atingidos e atingidas de Mariana se solidarizam com a população de Brumadinho.
A falta de respeito e a irresponsabilidade das empresas com a vida das pessoas mais uma vez se mostra letal. A impunidade é, sem dúvida, um fator decisivo para a repetição do desastre. Afinal, até hoje, nenhuma das 22 pessoas e 4 empresas denunciadas por homicídio qualificado, lesões corporais e crimes ambientais no caso de Mariana/Rio Doce foram punidas. Nenhuma medida de não repetição foi tomada pelo Estado de Minas Gerais e pela União. Como em Mariana, este novo desastre evidencia a busca incessante de lucro por parte das empresas. Aliado a isso, há um Estado em crise econômica, altamente dependente e refém de práticas extrativas descomprometidas com a preservação do meio ambiente.
É necessária a compreensão de que o verdadeiro desenvolvimento não se dá sem a preservação ambiental, cultural e social. Em busca de diálogo, a Comissão de Atingidos pela Barragem de Fundão em Mariana encaminhou, em dezembro passado, pedido de reunião ao governador Romeu Zema, ainda pendente de resposta. O governador, em contrapartida, já se reuniu com representantes de diversas mineradoras.
As pessoas atingidas pela Barragem de Fundão compreendem a dor das comunidades atingidas pela Barragem Feijão. E com base na nossa luta dizemos: a tragédia não se encerra quando a lama pára de correr, a violação de direitos e o desrespeito para com a vida de atingidos e atingidas é constante e cotidiana. Em Mariana são três anos de impunidade, a nossa luta se junta a das vítimas de Brumadinho para que medidas de não repetição passem a ser, de fato, adotadas.
Prestamos solidariedade aos atingidos pelo rompimento da barragem Feijão e nos colocamos à disposição dos governos estadual e federal. Bem como aos membros do legislativo que efetivamente estejam dispostos a discutir e atuar em prol do aprimoramento da política de segurança de barragens e assistência aos atingidos no Brasil.
Ninguém larga a mão de ninguém!
Comissão de Atingidos e Atingidas pela Barragem de Fundão
Comunidades atingidas pela Barragem de Fundão de Mariana MG
Cáritas Brasileira Regional Minas Gerais

Linha do tempo