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Artigo

23 Fev 2020

Author:
Martine Orange en Sin Permiso

Comentario sobre el papel del Banco Central Europeo en el cumplimento del acuerdo de París

“El BCE de Lagarde sueña con liderar la transición ecológica” – 23 de febrero de 202

… Desde el lanzamiento de su política de flexibilización cuantitativa en 2015, el BCE no sólo ha comprado una gran cantidad de valores del Gobierno para limitar la crisis del euro, sino también una gran cantidad de bonos de grupos privados. Esencialmente de grandes grupos privados europeos, porque se consideran los más seguros. En su balance se pueden encontrar todas las empresas insignia de los índices bursátiles europeos: Total, Shell, Daimler, Volkswagen, PSA [Peugeot-Citröen], Siemens, Bayer, Fiat, RWE, E.ON, EDF y otros. Los principales emisores de gases de efecto invernadero, todos en los sectores del carbono. Según las cifras europeas, el 62,1% de la cartera está vinculada a empresas que emiten gases de efecto invernadero… ¿Qué pasaría si mañana el BCE decidiera dejar de comprar los bonos de estos grandes grupos, o peor aún, si decidiera deshacerse de ellos? «Quiera o no, el BCE establece el punto de referencia. Si cambia su política de garantía, si decide poner precio al riesgo marrón [polución, contaminación, etc.], corta el acceso a la liquidez, transgrede la llamada neutralidad del mercado», analiza Laurence Scialom, profesora de economía de la Universidad de Nanterre. …

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