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Artigo

10 Nov 2020

Author:
Agnès Faivre, Le Point (France)

Guinée : justice pour les victimes du « massacre de Zogota »

« On a gagné le procès ! » À 10 h 30, ce mardi matin, scotché devant la vidéo qui retransmet en direct depuis Abuja la décision de la Cour de justice de la Cedeao dans l'affaire du « massacre de Zogota », Me Foromo Frédéric Loua exulte. Cet avocat au barreau de la Guinée est le président de l'ONG guinéenne Les Mêmes Droits pour Tous (MDT), un des nombreux plaignants contre l'État guinéen pour violations des droits de l'homme. L'affaire remonte à 2012, et plus précisément à la nuit du 3 au 4 août.

« Aux environs d'une heure du matin, les habitants de Zogota ont été brutalement attaqués dans leur sommeil par des éléments des Forces de défense et de sécurité (FDS) venus dans les environs du village à bord d'une dizaine de véhicules appartenant à l'armée, à la police et à la gendarmerie. Cette attaque nocturne, d'une ampleur jamais égalée dans la contrée, a duré près de quatre heures et s'est soldée par la mort de cinq citoyens abattus sur-le-champ et d'un sixième citoyen décédé de ses blessures au petit matin à l'hôpital régional de N'Nzérékoré...Ceux qui étaient sortis de leur maison à la suite des coups de fusil ont également essuyé des tirs à bout portant et reçu des gaz lacrymogènes. Les plus chanceux ont été arrêtés et torturés, avant d'être amenés manu militari à N'Zérékoré, où ils seront arbitrairement détenus pendant plusieurs jours », détaille la plainte enregistrée le 19 octobre 2018 par la juridiction régionale d'Abuja...

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