Brasil: Construção de central hidrelétrica na Bahia estaria prejudicando o acesso à água de comunidades tradicionais, indígenas e quilombolas
O observatório do agronegócio no Brasil "De Olho nos Ruralistas" publicou um levantamento de histórias sobre como comunidades tradicionais, quilombolas e indígenas do estado da Bahia vêm se organizando para garantir o acesso à água e a preservação de seu modo de vida durante as últimas décadas.
Tal levantamento destacou a resistência das comunidades à construção da Pequena Central Hidrelétrica (PCH) Santa Luzia, no Rio Grande, município de São Desidério, recentemente autorizada pelo governo do estado. De acordo com o observatório, a empresa Ara Empreendimentos é a principal beneficiada por essa autorização, apesar de, em 2013, um parecer técnico ter classificado o projeto como inviável. A britânica Contourglobal também é proprietária de algumas das barragens para geração de energia na região. Moradores afirmam que tais projetos energéticos estariam prejudicando o modo de vida e o acesso à água de comunidades tradicionais, indígenas e quilombolas, além de exacerbarem conflitos no estado.
O CIEDH convidou a Ara Empreendimentos e a Contourglobal a comentarem os relatos das comunidades, mas as empresas não responderam.