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記事

2018年10月17日

著者:
Clarissa Neher, Deutsche Welle (Germany/Brazil)

Brasil: Grupo Parlamentar Teuto-Brasileiro alega que não há base para parceria estratégica se Bolsonaro vencer e que investidores estrangeiros, incluindo alemães, deverão evitar investir no país

″Não há base para parceria estratégica se Bolsonaro vencer-Em entrevista, presidente do Grupo Parlamentar Teuto-Brasileiro fala sobre as perspectivas para a cooperação entre Brasil e Alemanha após o segundo turno da eleição e avalia situação da democracia brasileira″, 13 de outubro de 2018
...Grupo Parlamentar Teuto-Brasileiro fala sobre as perspectivas para a cooperação entre Brasil e Alemanha após o segundo turno da eleição e avalia situação da democracia brasileira. Apesar de os dois países cultivarem laços há décadas, a relação entre Brasil e Alemanha esfriou nos últimos dois anos. As eleições geraram uma expectativa de mudança nesse cenário, mas, para a presidente do Grupo Parlamentar Teuto-Brasileiro no Bundestag (Parlamento alemão), a deputada Yasmin Fahimi, uma possível eleição do candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) pode impedir uma retomada da parceria estratégica. "Desejo obviamente uma retomada da parceria estratégica com o Brasil", afirmou a deputada do Partido Social-Democrata (SPD), em entrevista à DW. Mas, "do lado alemão, não vejo nenhuma base para uma parceria estratégica com um presidente Bolsonaro", acrescentou. A presidente...é responsável por cultivar as relações com o Congresso disse ver o Brasil "à beira de uma grande ruptura" e avaliou que o país pode ficar isolado internacionalmente com Bolsonaro. "Ele deixa claro que é contra qualquer forma de multilateralismo", comentou....Yasmin Fahimi: O Brasil está à beira de uma grande ruptura. Ficamos chocados como o fato de que, com Jair Bolsonaro, uma pessoa que tornou socialmente aceitável um discurso de ódio tenha chegado à liderança. Isso nos enche de preocupação sobre o futuro do Brasil...O Brasil é para a Alemanha e para toda a Europa um parceiro muito importante, econômica e politicamente...[,]...a economia mais forte da América Latina...Um presidente Bolsonaro representaria uma privatização radical, um sangramento sociopolítico do país e o rompimento com acordos internacionais...Haddad seria um presidente completamente diferente, a quem atribuo um rumo muito mais moderado...[:]...quer impulsionar...o desenvolvimento social,...econômico...e...diálogo com todos...Um rumo político assim é naturalmente apoiado pelo lado alemão...Jair Bolsonaro...deixa claro que...[quer]...deixar a ONU, a Organização Mundial da Saúde..., o Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, o Acordo de Paris. Isso isolaria o Brasil...Também na Alemanha há uma discussão de como podemos implementar nosso plano de ação Economia e Direitos Humanos nas cadeias produtivas. A responsabilidade de nossas empresas que atuam globalmente não acaba na fronteira da Alemanha, mas precisa incluir, por exemplo, o Brasil...porque fortalece as empresas alemãs na competição global sem custar empregos alemães...Bolsonaro adota...rumo fascista: exclusão, militarização e desdemocratização...[A]...melhor solução para a paz social e o desenvolvimento de um país continua sendo uma distribuição justa de oportunidades e riqueza. O desenvolvimento social do Brasil traria também o desenvolvimento econômico, como mostrou o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O rumo fascista de Bolsonaro irá dividir ainda mais o país e não trará nenhuma melhora para os pobres...[I]nvestidores estrangeiros, incluindo empresas alemães, deverão evitar investir no Brasil...

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