Brasil: Ministério do Trabalho responsabiliza subsidiária da Coca-Cola por ter motoristas trabalhando em condições análogas as de escravo; Spal, Femsa e Coca-Cola comentam
“Auditores apontam que motoristas trabalhavam em jornadas exaustivas, sem o tempo mínimo de descanso nem para dormir, colocando a sua vida e a de outros em risco”, 25 de agosto de 2016
...[F]iscalização em dois centros de distribuição de produtos da Coca-Cola em Minas Gerais identificou 179 caminhoneiros e ajudantes de entrega sistematicamente submetidos a jornadas exaustivas que configuram, segundo os auditores responsáveis pela ação, condições análogas às de escravo. Entre agosto de 2015 e março de 2016, cada um deles realizou uma média de, ao menos, 80 horas extras por mês. Situações extremas incluíam ainda médias de 140 horas extras mensais e um dia inteiro de trabalho ininterrupto...[Em]...fevereiro de 2016, um motorista relatou que, após encerrar uma longa jornada às 0h30min, chegou em casa por volta das duas da manhã com a obrigação de retornar...às 6h30...[A]lém de deteriorar a saúde dos funcionários, tal ritmo de trabalho...traz perigos à população local por aumentar o risco de acidentes de trânsito... A Spal...[, subsidiária da Femsa da Coca-Cola, e própria Femsa informaram que estão]... analisando os autos de infração...[e]...realizando ajustes operacionais relacionados à jornada dos caminhoneiros, mas nega[m]…existência de trabalho escravo em seus negócios...“A Coca-Cola Brasil...já está acompanhando o plano de ação estipulado pelo fabricante para regularizar esta situação”, disse a empresa...