"Pescadores se organizam contra impactos ambientais de empresa no litoral baiano-Por fora de associações, trabalhadores fizeram ação autônoma contra Fibria e denunciaram falta de participação política", 4 de Julho de 2017
Para enfrentar os impactos ambientais da...Fibria, pescadores artesanais e marisqueiros tem se organizado de forma autônoma em Caravelas,...Bahia...[Em 1º de julho]...os trabalhadores fecharam o canal do Tomba...A ação...interrompeu o escoamento da produção por cerca de 12 horas, até a empresa atendê-los em uma reunião...[em 3 de julho]...O pescador Alan dos Santos Machado, de 32 anos, conta que a ação foi pensada de maneira autônoma pelos pescadores, que não se sentem representados pelas associações ou pelas cooperativas da região. As entidades existentes...atuam alinhadas à empresa...[A]...empresa disse que...o fechamento do Canal do Tomba..."...prejudica não só a Fibria, mas todos os usuários que navegam na região"...A principal reivindicação dos pescadores artesanais é a participação na Cooperativa das Marisqueiras e Pescadores de Caravelas (Coompescar)...criada e...mantida pela Fibria como contrapartida do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis...à construção do Terminal Marítimo de Barcaças de Caravelas em 2003...[O]s pescadores afirmam que a Controller,...empresa contratada para auxiliar na consultoria financeira e coordenar a execução dos projetos da cooperativa, tem impedido e enfraquecido a participação popular nos processos decisórios. Para Alan, a Coompescar é pouco representativa. "A Fibria é muito omissa em entregar um empreendimento de mais de 2 milhões de reais na mão de duas pessoas, presidente e secretário. A cooperativa tem que ser aberta à comunidade, para todo mundo. É isso que a gente está reivindicando", disse o pescador. Em nota, a empresa afirmou que a direção da entidade é "autônoma e independente, e não sofre nenhuma interferência da empresa"...