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故事

2016年12月27日

Brasil: Centro entrevista mulheres lideranças Krenak e do Movimento dos Atingidos por Barragens sobre responsabilidade das empresas na tragédia do Rio Doce

 
O Centro de Informação sobre Empresas e Direitos Humanos teve a oportunidade de conhecer e conversar com comunidades atingidas pela tragédia do Rio Doce em Mariana e Gesteira/Barra Longa. A tragédia completou um ano no dia 5 de novembro de 2016 e foi causada pelo rompimento da barragem do Fundão, pertencente à Samarco, joint-venture da Vale e BHP Biliton. 19 pessoas morreram e o rompimento da barragem é considerado o pior desastre da história do país.
 
Durante o seminário Rio de Gente, organizado pelo Greenpeace, em 31 de outubro e 1o de novembro de 2016, o Centro entrevistou duas grandes lideranças mulheres que contaram brevemente sobre os impactos socioambientais causados pela tragédia. 
 
Em relato emocionante e profundo, Shirley Krenak, liderança Krenak na região de Regência, falou de como seu povo foi atingido pela tragédia mudando completamente o modo de vida dos Krenak. Não podem exercer sua cultura e religião da mesma forma que anteriormente pois o rio está poluído: não podem pescar, nadar, realizar atividades recreativas com as crianças e nem práticas religiosas. Lembrou que os Krenak lutam não só agora mas há anos contra a tragédia anunciada resultado da mineração. Letícia Oliveira, liderança do Movimentos dos Atingidos por Barragens, comentou sobre a responsabilidade das empresas envolvidas no caso, alegando que consideram de fato um crime. Ambas alegaram que um ano depois da tragédia muito pouco foi feito de fato para atender as necessidades e direitos violados das populações atingidas. Desde relatos de falta de indenização, os problemas no fato das empresas serem responsáveis por decidir quem deve ser considerado ou não atingido, direitos humanos básicos violados. E a lama continua escorrendo, afirmou Shirley.
 
Veja abaixo seus relatos. E também notas e comentários das empresas.
 
Para mais informações sobre as ações judiciais contra as empresas, veja aqui.
 
Para ler esta história em inglês, clique aqui.

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